Abertura de mercados internacionais é tema de palestra de Maggi

Entre outras possibilidades, o Irã pode ampliar o consumo de tabaco e café solúvel e abrir espaço para importação de gelatina e manteiga produzidos no Brasil

SILVANA BAZZANI / Gazeta Digital

A conquista de novos mercados internacionais para produtos mato-grossenses será tema de palestra proferida pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, em evento promovido pelo Grupo Gazeta de Comunicação no próximo dia 12, no Cenarium Rural. O objetivo do encontro, intitulado Gazeta Agro, é debater temas que estão em evidencia no cenário econômico.

“Em 2017 o Grupo Gazeta oportunizou reflexões sobre a corrupção com a presença de autoridades nacionais e internacionais. Durante os dois últimos anos se falou muito em crise e o que acabou praticamente salvando o Brasil foi o agronegócio. São números robustos, que fortalecem nossa economia”, observa o vice-presidente do Grupo Gazeta de Comunicação, Carlos Dorileo.

Produtos originados de Mato Grosso chegam a 30 destinos internacionais. A China é o principal consumidor da produção mato-grossense. Absorveu quase 20% das exportações realizadas no 1º bimestre deste ano, majoritariamente soja e derivados. Outros países com relevante relação comercial com o Estado são Ira, Espanha, Países Baixos (Holanda), Indonésia, Hong Kong, Vietnã, Tailândia e Egito, segundo dados estatísticos divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic).

Há espaço para iniciar ou ampliar a inserção de produtos brasileiros em seis importantes mercados mundiais, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A China pode comprar mais milho, carne suína in natura ou miudezas, além de fumo não manufaturado e algodão brasileiro. Para a União Europeia pode ser ampliada a venda de açúcar, milho e álcool etílico. É possível, ainda, abrir mercado para bovinos vivos e frango in natura nos Estados Unidos, país que também pode intensificar a compra de açúcar, carne bovina in natura e café torrado.

Produto abundante em Mato Grosso como a carne bovina in natura pode conquistar espaço no Japão. Para o país asiático também é possível intensificar a venda de açúcar, soja em grão e carne suína in natura. Já o Irã, um dos principais parceiros comerciais de Mato Grosso, pode abrir espaço para importação de gelatina e manteiga e ampliar o consumo de tabaco e café solúvel produzidos no Brasil.

O 6º mercado em potencial mapeado pelo Mapa é a Arábia Saudita, que pode iniciar as importações de álcool etílico, leite em pó, óleo de soja e mel brasileiros. É possível ainda ao Brasil vender mais açúcar, café e carne bovina industrializada para os sauditas.

Desde que assumiu o comando do Ministério, Maggi tem destacado a intenção de conquistar mais espaço para os produtos brasileiros. A meta é expandir em 4 anos a fração de mercado dos itens nacionais de 7% para 10% no mercado mundial, que movimenta US$ 1,08 trilhão por ano.

No ano passado, tanto o ministro quanto o secretário-executivo do Mapa, Eumar Novacki, lideraram viagens internacionais com o objetivo de ampliar as relações de comércio internacional. Foram visitados países da União Europeia (Alemanha, Bélgica, Países Baixos, França, Polônia, Suíça, Itália, Espanha), do Oriente Médio (Arábia Saudita, Kuwait, Catar, Emirados Árabes Unidos e Ira), da Ásia Oriental (China), da América do Sul (Peru, Bolívia),além dos Estados Unidos e Rússia.

Em 2016, as negociações comerciais feitas pelo Mapa com 17 países resultaram na abertura de mercado para 22 produtos brasileiros o que representou US$ 8,3 bilhões anuais. Com os acordos, o Brasil se habilitou a disputar uma fatia desse montante. No decorrer do penúltimo ano, o Ministério participou de 571 negociações sanitárias e fitossanitárias, envolvendo 134 países. Também realizou 56 missões técnicas, voltadas a exportação do agronegócio para 16 países, segundo a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio.

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