Café solúvel cria marca setorial para mercados nacional e internacional

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Café é uma iguaria degustada pela maioria dos brasileiros e uma das bebidas mais consumidas no mundo. O Brasil é o segundo maior consumidor mundial, perdendo apenas para os Estados Unidos. É sempre muito bem-vindo seja na hora do café da manhã, depois do almoço ou entre uma reunião e outra. Uma das formas mais práticas e rápida de consumi-lo é o café solúvel. O preparo é extremamente simples: misture água quente com o café e mexe. Outra combinação perfeita para o solúvel é misturar ao leite e obter a cremosidade do café com leite.

Para fortalecer o potencial de qualidade, variedade e tecnologia do produto a ABICS – Associação Brasileira das Indústrias de Café Solúvel – em parceria com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) lançam uma marca setorial para o café solúvel brasileiro para fomentar o mercado interno e expressar maior evidência ao mercado internacional – Crie & Curta (versão em inglês – “Explore&Enjoy”). Criado pela agência GAD, o conceito da marca tem como essência promover a experiência de consumo do produto, mostrando a variedade e a riqueza de possibilidades no uso em receitas. Um selo vai estampar as embalagens do produto exportados e os que ficam no mercado interno, assegurando a origem e qualidade.

“Nosso café solúvel está na liderança há mais de 50 anos, graças aos nossos compromissos honrados, levando um café de alta tecnologia, de qualidade e sempre cumprindo com os períodos de entrega. Temos mais de 25 certificações de controle de processos, qualidade, segurança alimentar, sustentabilidade e de categorias específicas como: orgânicos, kosher, halal, entre outros. São chancelas fundamentais para a conquista dessa liderança”, afirma Aguinaldo Lima, diretor de Relações Institucionais da Abics.

Para fomentar o consumo interno, o foco será demonstrar aos consumidores a praticidade e multiplicidade de uso do café solúvel. Ampliar o público consumidor, galeras amantes de trilhas, ciclismo, campings, pescaria, maratonas, esporte ao ar livre, entre outros. “Café solúvel é uma bebida energética e preparada de uma forma muito rápida. Queremos mostrar para o consumidor que este tipo de café tem vários sabores, inúmeras formas de preparo e de uso com grande versatilidade e praticidade”, complementa Aguinaldo.

Para atender os mercados nacional e internacional as indústrias de café solúvel estão cada vez mais investindo no Brasil. Três delas anunciaram investimentos em ampliação de processamento e na construção de novas unidades, na ordem do equivalente a R$ 1 bilhão de reais até 2022. Duas novas fábricas serão instaladas no estado do Espírito Santo: Cia Cacique e a multinacional de Singapura, Olam Coffee. Já a Cia Iguaçu, pertencente ao Grupo Marubeni Corporation Japan, ampliará sua capacidade em sua planta na unidade de Cornélio Procópio, Paraná. “O café solúvel é o 12° produto do agronegócio, faturando US$ 600 milhões de dólares por ano em divisas para o país, com a perspectiva de crescimento de 5% em volume e 2% em faturamento este ano”, ressalta o diretor.

Além dos investimentos, nos últimos anos, ocorreram várias aquisições no setor, que, na avaliação da Abics, aqueceram o mercado de solúveis. Marcas da Cia Iguaçu foram adquiridas pela maior indústria de café torrado do Brasil, a 3 Corações, e as marcas da Cia Cacique adquiridas pela então segunda maior indústria de torrado do país, a empresa JDE (Jacobs Douwe Egberts Coffee). Essas aquisições fortaleceram a capacidade de distribuição do produto pelo país.

Há outras novidades como os lançamentos de produtos, com novos blends e embalagens, que prometem agitar o mercado, disponibilizados aos consumidores pela Nestlé – empresa líder de mercado interno de café solúvel – e pelas indústrias 3 Corações, JDE, Melitta, entre outras, além de empresas de cafeterias, como é o caso da Café Suplicy.

Indústrias de café solúvel: No Brasil, elas trabalham com uma grande variedade de produtos, que atendem tanto o mercado interno quanto o externo e todas são associadas à ABICS. A produção está concentrada em seis grandes players do setor (Nestlé, Café Iguaçu, Cacique, Campinho, Real Café e Cocam). Os produtos são oferecidos em diversos formatos, com características e qualidades específicas. No Brasil, o café solúvel corresponde a 5% do consumo total de café. A perspectiva é dobrar o consumo nos próximos cinco anos.

“O café solúvel é muito bom para misturas, por exemplo, com leite, é matéria-prima para os capuccinos e outras combinações. Queremos ampliar nossa atuação no mercado brasileiro, incentivar o consumidor brasileiro com o café solúvel através das grandes marcas que têm capacidade de distribuição que o café solúvel chegue em qualquer ponto do país, oferecendo vários tipos e sabores”, comenta Aguinaldo.

Exportações de café solúvel crescem 9,6 % em volume em comparação a 2018

No primeiro semestre de 2019, as exportações brasileiras de café solúvel aumentaram em 9,6% em volume, quando comparado com o mesmo período do ano passado, totalizando o equivalente a 1.861.793 de sacas de 60 kg. A receita cambial acumulada no período foi de quase US$ 275 milhões. Os principais destinos foram, EUA, Rússia, Indonésia, Japão e Argentina.

Comparativo das exportações de solúvel de janeiro a junho de 2019

A expectativa de todo setor é que a performance seja ainda melhor no segundo semestre. A conclusão do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia é outra importante notícia para o solúvel brasileiro. “A retirada gradativa em quatro anos da tarifa de 9% aplicadas pela União Europeia às nossas exportações, ampliará muito favoravelmente a nossa competitividade, lembrando que o bloco econômico é o segundo maior destino das exportações de café solúvel, afirma o presidente da ABICS, Pedro Guimarães.

Exportação em 2018 – Nesse ano às exportações de café solúvel renderam US$ 599,8 milhões, o equivalente a 3.725.656 sacas de 60kg em 2018, superando em 6% os embarques registrados em 2017. Já o faturamento caiu 7% em relação a 2017, de US$ 642,5 milhões para US$ 599,8 milhões.

Os principais compradores do café solúvel brasileiro foram: Estados Unidos com a compra de 644.301 sacas (US$ 97.256 milhões); Rússia, com 439.062 sacas (US$ 75,964 milhões); Japão com 304.074 sacas (US$ 65.791 milhões); Indonésia com 280.923 sacas (US$ 39,944 milhões) e Argentina com 239.564 sacas (US$ 32,921 milhões). Foram 105 países de destino.

O Brasil sempre foi líder mundial de produção e exportação. Na produção, o concorrente mais próximo é México, como 2º maior produtor mundial, seguido da Coreia do Sul e Alemanha. O destaque é o Vietnã que já aparece em 7º lugar e tem crescido de forma muito rápida.

Principais produtores e exportadores mundiais de café do mundo em 2017

Nas exportações a liderança brasileira é mais apertada, com uma exportação equivalente 79.382 sacas de 60 kg em 2017, a Alemanha está em 2º lugar com 68.873 sc/60kg, seguida da Índia com 41.660. Vietnã é um país que merece atenção, porque há 10 anos não figurava nem entre os 10 maiores exportadores mundiais. Em 2017, já alcançou o 4º lugar.

Principais exportadores por Continentes

História do café solúvel

Café solúvel – Sua história começou em 1901, data em que Satori Kako, químico japonês, radicado em Chicago (EUA), inventou um café em pó instantâneo, vendido na Exposição Pan Americana de Nova York. Décadas se passaram até que uma grande oportunidade surgiu, decorrente do excesso de café em estoque nos armazéns brasileiros, durante a crise mundial dos anos 30. Na ocasião, foi solicitado as empresas suíças que estudassem maneiras de transformar este café estocado em “cubos de café” e que mantivessem as qualidades do café por longos períodos e pudessem ser vendidos para o consumidor.

Em 1937, o químico Max Morgenthaler, da Nestlé desenvolveu uma solução, baseada em um pó de café que poderia ser dissolvido em água para consumo, com características similares as do café fresco. A Nestlé financiou a fabricação deste produto inovador, lançando o Nescafé em 1938, sucesso imediato na Europa e nos Estados Unidos. Consumido, principalmente, pelos soldados americanos durante a Segunda Guerra Mundial devido à sua praticidade e facilidade na hora do preparo.

No Brasil, o café solúvel chegou em 1953. Mas foi a partir da década de 1960, que começaram a surgir as produtoras aqui. Desde então, o Brasil é líder mundial de produção e exportação de café solúvel.

Produtos

Spray Dried – Café solúvel em pó. Em seu processo de fabricação, extrato de café é submetido a altas temperaturas e pressão, aumentando a concentração do produto e o torna volátil. Em seguida, são realizadas a pulverização e exposição ao ar quente onde o produto perde a umidade e se converte em pó.

Aglomerado – Fabricado a partir do café spray dried que passa por um processo de aglomeração que une o pó e vapor com pressão e velocidade ideais para chegar na granulometria desejada. O produto final é uniforme e de fácil dissolução.

Freeze dried / Liofilizado – Para obter este produto, o extrato de café é congelado a -40°C e, em seguida, passa pelos processos de moagem, secagem à vácuo e sublimação (direto do estado sólido para o gasoso). É um processo de desidratação do produto, que preserva suas qualidades aromáticas, gerando um café encorpado com qualidade superior.

Extrato de café – Oferecido no formato aquosos, é concentrado e utilizado como base para fabricação de bebidas e alimentos que contém café (food servisse, restaurantes e hotéis).

Óleo de café verde – É rico em triglicerídeos e ácidos graxos livres, além de conter compostos ativos como a vitamina B3. É obtido a partir da prensagem a frio dos grãos de café, sendo um produto versátil, utilizado pelas indústrias de alimentos e cosmética.

Mais informações

LN Comunicação

Lucia Nunes – diretora e jornalista responsável

Jéssica Alves – assessora de imprensa jr

Natielly Santos – auxiliar de comunicação

Fones: 11 3458.7741 / 7748 / 99968.4105

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